Aipo
Nome Científico: Apium graveolens.
Nome Comum: Aipo.
Nome Popular: Aipo.
Família: Apiaceae.
Sinónimos Botânicos: Apium integrilobum Hayata, Apium vulgare Bubani, Carum graveolens (L.) Koso-Pol., Celeri graveolens (L.) Britton, Selinum graveolens (L.) Krause, Seseli graveolens Scop., Sium apium Roth, Sium graveolens (L.) Vest.
Origem: A maioria das espécies do género Apium são originárias da América do Sul, mas o aipo silvestre (A. Graveolens var. Silvestre) é originária do Mediterrâneo.
Habitat: Regiões temperadas e sub-tropicais.
História: O aipo era uma planta conhecida e utilizada na antiguidade pelos egipcíos, gregos e romanos. Os egípcios utilizavam as sementes do aipo na preparação das múmias. O nome Apium, tem origem latina que significa “abelha”, pelo facto de as abelhas serem muito atraídas pelo intenso aroma exalado pela planta na época da floração. A palavra graveolens significa “forte”, devido ao seu aroma forte. Entre os gregos, o aipo era considerado uma planta sagrada, sendo utilizado em muitas cerimónias fúnebres. O aipo teria sido utilizado como planta medicinal antes de ser utilizado como alimento, tendo-se iniciado os seu consumo como hortaliça, no séc. XVI pelos italianos.
Descrição: Espécie herbácea, normalmente bienal sendo o seu ciclo cultural anual. Possui um sistema radicular aprumado, muito ramificado, com raizes fibrosas e fortes. O caule é curto durante a fase vegetativa do ciclo, alongando-se na fase reprodutiva, ramificado e estriado. As folhas de Aipo são basilares penatisectas ou 3-sectas, com os segmentos largos, e as caulinares 3-sectas ou inteiras. As suas inflorescências são em forma de umbelas, são sésseis ou com pedúnculos curtos, de cor esbranquiçada. Os seus frutos são subglobosos, pequenos e arredondados.
Sementeira: Em estufa ou estufim entre Janeiro-Fevereiro, ou no local definitivo entre Março-Abril.
Transplantação: Entre Março-Junho.
Luz: Sol.
Solos: areno-argilosos, profundos, ricos em matéria orgânica e bem-drenados.
Temperatura: Entre 15-20 Cº.
Rega: Regular.
Adubação: Aplicar na altura da plantação e 6 semanas depois. Ex: 12-12-17.
Pragas e doenças: Septoriose do aipo.
Multiplicação: Semente.
Colheita: Entre Maio e Novembro.
Conservação: Conservar no frigorífico.
Partes Utilizadas: Caule, folhas, sementes e raíz.
Uso Culinário
As folhas e os caules cortados são usados em saladas frescas, acrescentando uma textura crocante. É usado também em maioneses, sumos, molhos de tomate, sopas, etc.. A maior parte dos cozidos, ensopados, sopas e molhos, enriquecem-se e perfumam-se com aipo, bastando um único ramo, pois o óleo dessa planta possui um aroma muito forte.
Uso Terapêutico
Possui acção antioxidante, carminativa, digestiva, estomáquica, refrescante, tónica e anti-inflamatória. É indicada no tratamento de inflamações das vias urinárias, gota e reumatismo. O óleo do aipo é usado externamente, no tratamento de infecções da pele. Ajuda na formação do esmalte dentário, é eficaz em eliminar o excesso de ácido úrico, é depurativo, ligeiramente laxante e afrodisíaco.
Constituintes Químicos: ácidos (glicérico, glicólico, málico, tartárico, cumárico, caféico, ferrúlico, químico, xiquímico), açúcares, apéina e outros flavonóides, cálcio, , cumarinas, ferro, fósforo, manitol, niacina, óleo essencial (apiósido, limoneno, sileneno, eudesmol, sedanólido, anidrido sedanonico), pentasonas, sódio, vitaminas A, B1, B2, B5, C, E, magnésio, ferro, cloreto de sódio.
Autor: André M. P. Vasconcelos (Engenheiro Agrónomo)
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