Beterraba Redonda Detroit
Nome Científico: Beta vulgaris L.
Sinónimos Cotânicos: Beta orientalis L., Beta vulgaris subsp. orientalis (Roth) Aell.
Nome Comum: Beterraba.
Nomes Populares: Beterraba.
Família: Quenopodiaceae
Origem: Europa e Norte de África.
História: Na Roma antiga consumiam-se as suas folhas, sendo na Idade Média cultivada como raíz forrageira. No séc. XVIII foi utilizada para extracção da sacarose. As formas de beterraba de mesa surgem apenas no séc. XIX. Hoje em dia restam apenas as cultivares vermelhas de forma globosa.
Descrição: Planta herbácea, bienal, cultivada como anual, com raíz aprumada, tornando-se tuberosa e carnuda. A raíz tuberosa da beterraba é constituída, internamente, por faixas circulares de tecidos condutores, alternadas com faixas de tecidos contendo nutrientes armazenados. Estas são relativamente largas e escuras ou mais coloridas, sendo as de tecidos condutores mais estreitas e mais claras. Os pigmentos betacianina (vermelho) e betaxantina (amarelo), determinam a cor da raíz. Quando nenhum dos pigmentos estão presentes, a raíz fica de cor branca. As folhas são inteiras, inseridas em roseta, com pecíolos compridos, onduladas e ovais, de cor verde escuro ou avermelhadas. As flores são bissexuadas com pétalas vestigiais ou ausentes.
Sementeira: em local definitivo desde o final do Inverno a meados do Outono.
Espaçamento Definitivo: 20 a 30 cm x 10 a 15 cm.
Crescimento: Médio
Luz: Boa luminosidade. Floresce em condições de dias longos.
Solos: Textura média, bem drenados e frescos, tolerante á salinidade mas sensível á acidez do solo. ph óptimo entre 6,0 e 8,0.
Resistência: Cultura de estação fresca, resistente ás geadas, podendo ser afectada pelo frio intenso nas fases iniciais de desenvolvimento. Tolerante a temperaturas elevadas.
Rega: Regular para obter uma boa qualidade. Tolerante ao stress hídrico.
Adubação: Fertilização orgânica com bastante antecedência em relação á instalação da cultura. Exigente em micronutrientes como boro, cloro, magnésio e sódio. Aplicar também algum azoto uma a duas vezes durante o desenvolvimento.
Pragas e Doenças: Afídeos, Áltica da beterraba, Atomério, Lagartas, Lixus, Mosca da beterraba, Traça, Nóctuas, Nemátodos, Podridão cinzenta, Oídio, Míldio, Rizoctónia, Ferrugem, Viroses.
Multiplicação: Semente
Colheita: Para uma boa maturação deve-se verificar o tempo decorrido desde a sementeira e o tamanho das raízes. Quando são colhidas com rama devem ter decorrido cerca de 50 a 70 dias após sementeira. Para consumo sem folha devem ter decorrido cerca de 75 a 90 dias após a sementeira mas sem deixar que atinjam a maturação completa.
Pós-colheita: Conservar no frio entre 0 Cº e 2 Cº.
Utilização: Pode ser comercializada em fresco ou após transformação, em sumos, enlatada, em sopas, cozidos e em saladas.
Constituintes Químicos: saponisídeos, fitosterol, betaína, leucina, tirosina, betacianina, beta carotenos, vitaminas A, C e do complexo B e C, sódio, potássio, zinco, magnésio, flúor, ferro, cloro, silício, manganês e fósforo.
Propriedades Medicinais: digestiva, diurética, emoliente, estimulante digestivo e hepática, hepato-protector, nutritiva, rejuvenescedora, tónico cadíaco.
Indicações: afecções do fígado, anemia, artrite, auxilia a digestão, descongestionante das vias urinárias, fortalecer os dentes e gengivas, fortalecer tendões, fraqueza orgânica, hepatite, hipoglicemia, inflamações, leucemia, melhorar a diurese, obstipação intestinal, preventiva de problemas de próstata, preventivo de resfriados e gripes, prisão de ventre, reumatismo.
Partes Utilizadas: folhas e raízes.
Contra-indicações/Cuidados: as folhas da beterraba (ricas em ácido oxálico, que pode formar cristais no organismo), não são indicadas para pessoas com artrite ou pedras nos rins.
Autor: André M. P. Vasconcelos (Engenheiro Agrónomo)
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